segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Já era tarde demais, não havia nada a se falar que já não soubéssemos. Acendeu um cigarro, analisava tudo a sua volta, respirava forte, como que se faltasse ar, e puxava rápidamente e profundamente pra se recompor de novo, dando vida aos pulmões. Começou a falar, e sentia as palavras fugindo, como se não houvesse mais argumentos, mas mesmo assim, queria dizer, sempre mais e mais, era sede de palavras, sede de reação inesperadas. E assim fez. Deve ter ficado mais de dez minutos ali, dizendo e olhando o quanto a cada palavra era reagida de formas surpreendentes. Mas quase nem doeu(em mim, claro), tirando o fato que teve algumas lágrimas.. "Dar tempo ao tempo" era isso, só tempo. Eu só preciso de mais noites em claro, mais horas, mais dias, mais semanas minhas, mais eu, e menos nós... E logo depois, sorriu: estou feliz. Era verdade, estava, estou.

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